A representatividade feminina no tiro esportivo vem crescendo cada dia mais, mostrando todo o seu talento, e trazendo diversas premiações em competições olímpicas. Com empoderamento feminino, cada vez mais e mais mulheres resolvem fazer aquilo que amam sem se preocupar com que os outros vão pensar. Mas para isto é necessário treinamento especializado e autocontrole, além de cumprir todos os requisitos legais para quem deseja ter uma arma, são indispensáveis.
O Clube de Tiro Black Bull (CTBB) é amplamente aberto ao público feminino e incentiva que mais e mais mulheres possam praticar desse esporte que cresce cada vez mais no país.
Ao CTBB, a tenente Ledy, oficial da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) e frequentadora do Clube de Tiro Black Bull, afirma que a representatividade feminina no tiro esportivo é muito importante.
“Vemos mulheres cada dia mais conquistando espaço [no tiro esportivo] em grandes competições, tanto a nível nacional como internacional. Temos grandes atiradoras nesse cenário nacional e mundial então isso é muito importante para a mulher”, disse a desportista.
COMO SE TORNAR ATIRADORA?
Ledy explica como aspirantes ao tiro esportivo devem proceder caso desejem conhecer mais sobre o setor e como adquirir o Certificado de Registro (CR), necessário para praticar o tiro esportivo.
“Para que uma mulher possa se tornar atiradora hoje ela precisa se sentir a vontade para visitar um stand de tiro, conhecer o clube de perto, tirar suas dúvidas, conversar com instrutores… ela vai passar por vários critérios dentro da lei para adquirir o seu Certificado de Registro como atiradora, tanto para a prática do esporte como para defesa pessoal”, relata.
PRECONCEITO NO ESPORTE
Questionada se já sofreu algum preconceito por ser praticante do esporte, Ledy criticou os estigmas provocados por uma sociedade machista e que o público feminino é determinado e possui foco em tudo que faz.
“Sabemos que as mulheres elas ainda têm alguns desafios impostos pela sociedade que ainda se encontra com amarras machistas e preconceituosas em relação a mulher. Esse preconceito vem por ela ser sensível, ter uma suavidade, uma leveza, uns adjetivos que são atribuídos ao sexo feminino e na visão machista isso se projeta, mas sobre isso é contraponto”, pontuou.
“Temos muitas mulheres determinadas, com foco, e que são características importantíssimas para vencer no tiro esportivo. Então tudo isso acaba sobrepujando e acaba realmente passando por cima de qualquer forma de preconceito”, completa.
O QUE MUDOU APÓS A PRÁTICA DO TIRO ESPORTIVO
A oficial ressaltou ainda que o tiro esportivo é um esporte que demanda de muita concentração e de habilidades cognitivas, características essas que são aprimoradas com a pratica do tiro esportivo.
“O que muda muito na nossa vida é que o tiro ele trás novas habilidades, tanto no aspecto pessoal quanto no profissional, no que se refere a questão de dedicação, disciplina e responsabilidade. Eu tenho uma filha e eu passo as experiências para ela. O tiro ele é muito educador e realmente é uma escola para vida”, explica.
PROTEÇÃO INDIVIDUAL FEMININA
Por fim, Ledy afirma que a proteção individual para as mulheres é necessária, assim como a defesa pessoal é um direito de todos. Ela conclui argumentando sobre casos pontuais e incentivando que o público feminino possa buscar mais informações sobre o assunto.
“Acredito que a defesa pessoal é um direito de todos. Mulheres elas podem sim se defender com tudo aquilo que ela achar necessário. Isso eu incluo casos de assaltos, invasões ao domicílio, às vezes uma mulher ela pode estar sozinha, e essa mulher armada ela tem muito mais segurança, principalmente se ela praticar o tiro esportivo”, finalizou.
CLUBE DE TIRO BLACK BULL
O Clube de Tiro Black Bull (CTBB) possui uma incrível infraestrutura e oferece aos alunos sala de aula para a realização de treinamentos, reunião de negócios e apresentações com transmissão ao vivo. Além de ter um espaço para eventos híbridos de pequena e larga.